sábado, 5 de maio de 2012

Super Lua: A Ilusão da Lua no Horizonte

Nesta noite, dia 5/5, e na madrugada que a segue, do dia 6/5, poderemos ver um fenômeno conhecido como Super Lua.

Este fenômeno ocorre quando a Lua inicia a sua fase cheia exatamente quando está no perigeu de sua órbita.


A Lua, assim como todos os planetas, não possui uma órbita circular, mas sim elíptica. O que faz com que ela tenha um momento de maior proximidade com a Terra, perigeu, e outro de menor proximidade com a Terra, apogeu. Este movimento tem um ciclo de cerca de 28 dias.
É importante observar que a Terra faz um movimento elíptico ao redor do Sol, mas que não é este movimento o responsável pelas estações do ano, mas sim o eixo de inclinação da Terra.
Vale lembrar que a Lua passa uma vez a cada 28 dias pelo seu perigeu, mas a última vez que isto aconteceu exatamente no início da fase cheia foi em março de 2011.

A Super Lua, realmente será bela. Deixará a lua 14% maior em sua aparência do que o normal.


Mas não se engane!


A proximidade fará com que a Lua pareça cerca de 14% maior que em distâncias medianas, de acordo com Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos. Mas a diferença na aparência é tão pequena que é quase imperceptível sem o auxílio de instrumentos de observação espacial.

Então, muitos sites recomendam a observação ao pôr-do-sol. Onde o fenômeno é "salientado".

Acontece que o fato de observarmos a Lua maior quando está próxima ao horizonte é um efeito psicológico e não físico.

Certo! Ela ficará muito mais bonita estando próxima ao horizonte, ou seja, ao pôr-do-sol. Mas não devemos apontar isto como um fenômeno físico.

No artigo do professor Dr. Fernando Lang da Silveira (http://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/A_ilusao_sobre_o_tamanho_da_Lua.pdf), podemos perceber que isto é uma ilusão. Causada por um fenômeno denominado Ilusão de Ponzo.
Tanto é verdade esta ilusão que quando tentamos registrá-la em máquinas fotográficas ela desaparece. Afinal, é uma conjugação do cérebro, uma interpretação do que observamos.


Ver coisas pressupõe uma interpretação do cérebro sobre aquilo que é visto. Nosso cérebro utiliza nossas lembranças e nossas crenças em suas interpretações. E muitas vezes podemos observar ilusões.

REFERÊNCIAS: