quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entropia

Entropia normalmente é associada aos sistemas termodinâmicos na física.

Ela determina o que é possível em um processo termodinâmico. Como por exemplo um gelo que derrete em um copo com água e não o contrário, ou seja, a água congelando.

Mas a abrangência deste termo vai além dos processos termodinâmicos. A Entropia está associada a probabilidades e ao caos.

De uma forma mais abrangente, a Entropia diz que "o universo tende ao caos e nunca a ordem". Mais fácil de ser visualizada na termodinâmica, onde as moléculas da água no estado líquido vibram mais do que as do gelo. Isto é desordem, isto que determina que a água não congele.

Ao organizarmos um sistema, aplicamos um trabalho, isto é, gastamos certa quantidade de energia. Já para desorganizarmos algo é tudo mais fácil, pois esta é a tendência do universo, o caos.

Ludwig Botzmann, criador da lei matemática que explica o comportamento de um gás com inúmeras partículas, suicidou-se por ser ridicularizado por seus colegas que não acreditavam em seu trabalho (além de ter outros problemas, como depressão, traíção da mulher). Hoje, Boltzmann leva em seu túmulo a equação matemática pela qual morreu. A lei da Entropia.


Infelizmente, ela não apresenta uma solução matemática aceitável, pois se trata de um sistema com infinitas partículas de um gás. Podemos resolvê-la para casos bem simples apenas.

Acredito nesta lei como sendo uma das mais fortes da física atual.
Está associada a conservação da energia. Mas, além disso, ao olharmos para o lado veremos que ela se encaixa perfeitamente para o nosso mundo onde o caos reina.

A Entropia prevê que é impossível atingir a temperatura do zero absoluto. Isto, pois o zero absoluto é a temperatura onde não exista vibração térmica, ou seja, muita organização.

A entropia então é bem abrangente. Repare esta abrangência na seguinte frase:

"A expressão "entropia sempre cresce" dá uma direção pro tempo. O tempo avança na direção em que a entropia aumenta." 
Retirado de:

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Origem da relatividade

O primeiro cientista a falar em relatividade foi Galileu Galilei.


Está relacionada com o seguinte fato:

Para sabermos se algo está em movimento é preciso dizer em relação ao que ele se movimenta.

Para a relatividade, é equivalente a situação de um automóvel se mover em relação à estrada com uma velocidade de 80 km/h ou a estrada se mover em relação ao automóvel com esta velocidade.


Relatividade está associada ao conceito de referencial.


Para compreendermos a relatividade restrita, desenvolvida por Einstein, devemos observar alguns fatos do eletromagnetismo.


As Equações de Maxwell são para o eletromagnetismo leis bem fundamentadas.


Mas existia um fenômeno que havia um conflito conforme o referencial utilizado.


Para explicar este fenômeno, vejamos este exemplo:


Um menino voa num tapete mágico, próximo ao solo, com velocidade constante v, horizontal, levando no colo uma pequena esfera positivamente carregada, apoiada sem atrito sobre uma almofada isolante. Em determinado momento, ele atravessa por entre os pólos de um grande eletroímã que pode gerar um campo magnético uniforme, cujo vetor campo magnético B está orientado para baixo. Nesse momento, ao lado do eletroímã, uma menina parada no solo liga o eletroímã. O que acontece com a esfera carregada?


A Física apresenta duas respostas para esta questão:


RESPOSTA 1:

Em relação à menina, a esfera está em MOVIMENTO, juntamente com o garoto.

Uma partícula carregada em movimento dentro de um campo elétrico uniforme está sujeita a uma força magnética. Sendo assim, segundo as leis do eletromagnetismo, a esfera sairia da almofada para a esquerda do garoto (pela regra da mão direita).


RESPOSTA 2:

Em relação ao garoto, a esfera está PARADA.

Ao contrário da situação anterior, como a esfera não está se movimentando para o garoto, não haveria esta força magnética, que atua apenas em partículas carregadas em movimento dentro de um campo magnético.

Logo, a esfera não se movimentaria.


Sabemos que a situação 1 é a que ocorre, embora tenhamos esta incoerência relacionada ao referencial.


Dos dois, um:

Ou as leis do eletromagnetismo possuem um erro. E em se tratando da sua beleza matemática, isto era um fato difícil de modificar. (sim, estética faz parte da física)

Ou as transformações entre referenciais de Galileu estariam erradas.


Lorentz resolveu o problema matematicamente, sem uma explicação física, através de suas transformadas. Ou seja, descartou as transformadas de Galileu.


O problema surge das explicações de Einstein para o fenômeno.


Einstein postulou que a velocidade da luz é constante. E, a partir do seu postulado, deduziu matematicamente as transformadas de Lorentz.


Problema agora é lidar com toda a estranheza trazida pela constância da velocidade da luz:

Contração do espaço e dilatação do tempo.


Mas isto fica para uma outra história.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Notícia: Colisão de Galáxias



É incrível como duas galáxias podem cruzar uma por dentro da outra sem que nada se choque. Isto realmente pode ocorrer, pois o universo é um grande vazio.

Sobre as imagens dos telescópios, Hubble, Chandra e Spitzer, cada um é responsável por um tipo de imagem.

Sempre quando observamos uma imagem de uma galáxia, ela nada mais é do que a soma das imagens do Hubble, Chandra e Spitzer.


Se observássemos através das lentes de um telescópio uma galáxia veríamos o que o Hubble nos mostra, pois o Hubble é responsável por captar ondas eletromagnéticas na faixa da luz visível.


O Chandra capta ondas eletromagnéticas de maiores energias do que os outros, isto é, ultravioleta, Raio-X, Raios Gama.

O Spitzer capta ondas eletromagnéticas de baixas energias, ou seja, infravermelho, ondas de rádio.


O que geralmente vemos como imagens bonitas e bem coloridas são montagens com a junção das imagens obtidas dos três telescópios.

O olho humano desenvolveu-se na faixa da luz visível, isto é, naquela a qual o sol, nossa estrela, envia mais para nós.
Será que se nossa estrela emitisse mais outra cor, como o azul por exemplo, do que o amarelo nossa visão seria diferente?
Provavelmente sim.

Mais:

Imagens:
http://coolcosmos.ipac.caltech.edu/cosmic_kids/learn_sirtf/images/sirtf.jpg
http://www.iras.ucalgary.ca/satellites/images/chandra_Big.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihkfQ_wjSinAW_lsxqT9hpHtSjTr6RxgowDVmxKYYSYYmktJfTon_Rr_HZ47SDytFyC1g3ZOY19yHmEZqLxi3Z9aP7z4SThQAkbMPbkDz7v3fBiyPoMfeFikqPQg72HGxsN5CI4wHoKSaE/s320/Hubble-de-novo-em-ac%C3%A7%C3%A3o_Telesc%C3%B3pio-Espacial-Hubble.jpg

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Imagens do cabeçalho: Condensado de Bose-Einstein

Um dos maiores sucessos da teoria quântica é o condensado de Bose-Einstein.

Seria o 5o estado da matéria (sólido, líquido, gasoso, plasma e condensado), que ocorre à temperaturas próximas do zero absoluto.

Sathyendra Nath Bose foi um físico indiano que escreveu seu trabalho de estatística, da radiação do corpo negro, e enviou para Einstein lhe pedindo que, se gostando do trabalho, que o traduzisse e usasse de sua influência para que o trabalho fosse publicado na Alemanha.

Einstein gostou e fez algumas modificações no trabalho de Bose.

O princípio estatístico de Bose consistia em utilizar bósons ao invés de férmions, isto é, partículas com spin inteiro e não semi-inteiros.

(terei que discutir spin em algum momento)

Dois férmions podem ser diferenciados e estão sujeitos ao princípio de exclusão de Pauli, enquanto não há diferença entre dois bósons que, além disso, não estão sujeitos ao princípio de exclusão de Pauli.

Bose cometeu um erro durante uma aula, que derivou o seu artigo. Bose não fez distinção entre os férmions, ou seja, trabalhou com bósons.

Não estando sujeito ao princípio de exclusão, bósons podem se empilhar, ou seja, ocupar o mesmo nível de energia.

Isto, segundo o artigo de Bose-Einstein, ocorreria para bósons em baixa temperatura.

Bósons, em geral, são massivos. E é difícil da física quântica mostrar as caras em um sistema macroscópico.

Pois ela mostrou a sua cara em 1995.

Um gás de átomos de rubídio foi resfriado até a temperatura de 170 nK, causando o efeito de empilhamento dos átomos (bósons).
O gráfico mostra a energia dos átomos. Na esquerda antes do aparecimento do estado de condensado e, a partir do centro, já com o condensado de condensado.
Ao se aproximar do zero absoluto os átomos diminuem suas velocidades (azul e branco para baixas velocidades).
O pico não é fino devido ao princípio de incerteza.

O condensado de Bose-Einstein tem propriedades estranhas, como a superfluidez. A superfluidez é a propriedade de aderir a superfícies e escoar. Um líquido em estado de condensado não poderia ser aprisionado em um copo, pois "escalaria" pelas bordas do copo.
Outra propriedade seria a supercondutividade. Apesar dos elétrons possuírem spin semi-inteiros, e serem responsáveis pelo fenômeno. Os elétrons estão sujeitos a estatística de Fermi-Dirac e não a de Bose-Einstein. A física ainda carece de uma explicação mais clara para o fenômeno da supercondutividade.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Princípio de Equivalência

O conceito de massa é complexo.

Certa vez perguntei a um dos meus professores da faculdade sobre 'o que é massa?' e ele deu de ombros e me deu duas respostas:

- Precisamos partir de algum lugar, não podemos saber o que é tudo;

- A segunda lei de Newton nos dá uma boa idéia do que é massa;
(isto é, a massa de um corpo é a razão entre a força resultante de um corpo pela aceleração sofrida por este corpo)

Newton utilizou a relação da densidade para definir massa, mas fazer isso nos leva a outra pergunta: o que é densidade?
Então, o problema não se resolve de todo.

Mas meu objetivo ainda não é definir massa, mas sim falar do Princípio de Equivalência.

Quando Newton trabalhou em suas leis foi inquerido no seguinte:

Sabemos que massa seria uma medida da inércia de um corpo.
Quanto maior a massa de um corpo maior a inércia deste corpo

Também sabemos que massa atrai massa.
Segundo a lei da gravitação universal.

Ambos os fenômenos não possuem uma relação. Tendo, como princípio, naturezas diferentes.

Então, a massa que aparece na segunda lei de Newton, que seria a medida da inércia de um corpo seria a mesma que aparece na lei da gravitação universal de Newton?

Newton não sabia responder a esta pergunta.

--- Princípio de Equivalência ---

As leis da física são as mesmas, seja em um referencial em queda livre em um campo gravitacional ou em um referencial inercial livre da ação de um campo gravitacional.

Einstein julga o princípio de equivalência entre massas o pensamento mais feliz que teve na vida.
Isto, pois Einstein gostava de idéias simples. E ao conhecermos o princípio de equivalência ficamos admirados de sua simplicidade e como os físicos se questionaram da equivalência entre massa inercial e massa gravitacional durante tantos anos.

Imaginemos uma espaço-nave, sem janelas.
Ao largarmos uma bola, com a espaço-nave parada sobre a superfície do planeta Terra, esta cairá em queda livre com uma aceleração de 9,8 m/s² (a aceleração da gravidade).
Em uma segunda situação a espaço-nave é acelerada a uma aceleração de 9,8 m/s², deixando para trás o planeta Terra e continua sua viagem em uma região livre influência gravitacional. Agora, quando a bola é solta, ela recua na direção oposta ao movimento com a mesma aceleração da espaço-nave.
Como a espaço-nave não possui janelas quem está dentro não vê diferença nenhuma entre as situações.

Sendo assim, as massas, gravitacional (primeira situação) e inercial (segunda situação), são idênticas. Não podemos distinguir diferenças entre elas, sendo que elas possuem a mesma natureza.

Este princípio de equivalência levou Einstein a escrever a Teoria da Relatividade Geral.

Imagem:
Referência:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Imagens do cabeçalho: Gato de Schrödinger

Sobre as imagens do cabeçalho:

O gráfico que parecem montanhas são do condensado de Bose-Einstein, mas este discuto em outro tópico.

Neste tópico falarei do gato de Schrödinger, afinal não poderia falar em estado quântico sem aparecer o tal gato de Schrödinger.

Antes de falar do tal gato, vamos aos fatos históricos que levaram Schrödinger ao seu gato na caixa:

Problema apresentado por Einstein-Podolsky-Rosen sobre a Mecânica Quântica:
Paradoxo EPR

O paradoxo EPR é complexo de explicar, já encontrei boas explicações e péssimas explicações. Tentarei dar uma ótima explicação, e simples, mas nem sempre sai como desejamos:

Existem dois elétrons dentro de um átomo, possuindo os mesmos números quânticos e diferindo apenas no spin, que, repentinamente, são separados.

Um vai para a direita e o outro para a esquerda.
Quando dentro do átomo não poderíamos prever qual possuía qual spin, embora, sabíamos que eles eram diferentes. Eles estavam em uma superposição de estados (isto é um estado quântico e a chave do computador quântico).

Se um observador, na esquerda, observar o spin deste elétrons como sendo positivo (+), a mecânica quântica prevê que o spin do outro elétron seja negativo (-), mesmo que não haja um observador para o elétron que foi para a direita.
Segundo EPR, isto viola um princípio da relatividade restrita, o de limite da velocidade com que as informações se propagam.
Isto é, primeiramente ambos os elétrons estão em um estado de superposição, definido pela física quântica. O fato de observarmos um elétron como possuindo um spin positivo, não poderia, segundo a relatividade, definir instantaneamente o spin do outro elétron. Isto é, se o estado de superposição quântica for aceitável.

EPR dizia que não podemos "por pensamento" inferir o spin do outro elétron.

ISTO VIOLARIA AS LEIS DA RELATIVIDADE

Erwin Schrödinger respondeu ao EPR com o seu famoso gato:

Digamos que dentro de uma caixa exista um frasco com um veneno mortal. O vidro deste frasco é muito fino e o decaimento radioativo de um átomo poderia quebrar este vidro, sendo que dentro da caixa existe um átomo radioativo, que pode decair.

Pois bem, dentro desta caixa colocamos o gato e a fechamos.
(este é um experimento de pensamento, sendo que nenhum gato machucou-se durante a experiência)

Com o passar do tempo, o átomo pode ter decaido, quebrando o vidro do veneno e matando o gato.
Mas este decaimento pode não ter ocorrido.
Sendo assim, não podemos determinar se ele ocorreu ou não.

O gato, segundo Schrödinger, estaria em um estado de superposição definido pela mecânica quântica. Não podemos afirmar que o gato estaria vivo ou morto, mas sim que o gato estaria em um estado de superposição vivo-morto (ou morto-vivo, como prefiro).
Saber se o gato está vivo? Só olhando. Então a superposição de estados colapsa em algo clássico, e não quântico.
Isto pois, a mecânica não está associada à observação, a verificação. Observar algo é medir, e toda medição influencia um estado quântico.

A resposta para EPR é que esta é a base da mecânica quântica.

A informação quando estiver em um estado de superposição quântico pode ser instantânea.
O experimento do gato serve para mostrar que este estado de superposição pode ter uma analogia em um mundo não-quântico, ou seja, em macro-escala.

Imagens:

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O balde de Newton

Newton em seus livros, conhecidos carinhosamente como Princípia, discute a experiência do balde.

Esta experiência servia para justificar o conceito de referencial, tão importante nas leis de Newton. Afinal, as leis de Newton são válidas apenas em referenciais inerciais.
Mas além de discutir referencial, surge deste experimento o princípio de Mach.

Mas vejamos primeiramente a experiência do balde de Newton:

Newton supôs um balde cheio de água preso por uma corda muito comprida.

Girando esta corda até ela ficar endurecida de tantas voltas soltamos-a.

A superfície da água não será mais plana, mas sim parabólica.

Segundo Newton, o balde gira em relação ao espaço absoluto e o afastamento da água, do centro do balde, se deve ao referencial não-inercial, isto é, acelerado. Surge uma força centrífuga devido ao referencial.

O conceito de espaço absoluto de Newton se deve ao fato de que a forma parabólica da água ao girarmos o balde não se deve aos objetos externos, então, o espaço é absoluto, e a água gira em relação ao espaço.

Ernst Mach foi um dos mais ferrenhos inimigo das leis de Newton. Principalmente aos conceitos de absolutismo de espaço.

Segundo Mach, o balde gira em relação as estrelas fixas (aquelas mais distantes da Terra), e que a situação de colocarmos todas as estrelas a girar e deixar o balde parado seria equivalente. Logo, o espaço não é absoluto. Não posso inferir movimento em relação ao espaço, mas sim aos objetos ao redor.

Muito parecido com o conceito de relatividade. Mas diferentes em essência.

Na relatividade o movimento só pode ser definido através de outros objetos, assim como na mecânica relacional. Mas a mecânica relacional prevê a equivalência de situações, e isto nem sempre é verdade na relatividade.

O princípio de Mach é de que a inércia de um corpo não é uma propriedade própria deste, mas sim, relacionada aos objetos ao seu redor.

Tanto nas leis de Newton quanto na relatividade, ao colocarmos um objeto dentro de uma casca esférica, esta não causará nenhuma alteração no que ocorrerá com o objeto em seu interior. A mecânica relacional prevê mudanças.

É fascinante a discussão de tempo e espaço como sendo absolutos ou não.
Esta é a essência da física, a criação de modelos que expliquem o universo que observamos.

Tente fixar o balde de Newton e girar o céu das estrelas fixas e então prove a ausência de forças centrífugas.
Este é o desafio de Mach

Experiências que comprovem o princípio de Mach são delicadíssimas. Por isso até hoje não conseguimos reproduzir nada.

Referências:
http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/Schrodinger-Mach.pdf

domingo, 25 de julho de 2010

Matéria Escura

O que é matéria escura?

Bom, vimos que a energia escura é responsável pelo afastamento acelerado das galáxias.
Mas e a matéria escura? O que é?

Observamos o efeito da matéria escura quando observamos aglomerados de galáxias.

Quando aplicamos a lei da gravitação universal de Newton para o sistema solar tudo corre otimamente! Até conseguimos descobrir 2 novos planetas no nosso sistema solar:
Netuno e Plutão (classificado como planeta anão no ano de 2006). O grande sucesso das leis de Newton.
Quando aplicamos a lei da gravitação universal de Newton para a nossa galáxia, tudo corre bem!

Quando aplicamos a lei da gravitação universal de Newton para duas galáxias, tudo ótimo!

O problema surge quando aplicamos a lei da gravitação universal de Newton para aglomerados de galáxias:
Ao aplicarmos a lei da gravitação universal de Newton para aglomerados de galáxias, ela falha drasticamente em explicar o que observamos. A lei explicaria um afastamento das galáxias, mas observamos que a medida que o tempo passa as galáxias (aglomerados) tendem a se aproximar, ao contrário do que é previsto pela lei. É como se faltasse massa para justificar tamanha atração do que observamos. Ou seja, matéria escura é toda a matéria deve existir para que as leis de Newton não estejam erradas. É ajuste nas leis.

Existe cerca de 6 vezes mais matéria escura do que matéria bariônica, a matéria conhecida.

Parte desta matéria escura está sendo detectada através de buracos negros e efeitos de lentes gravitacionais.

Parece que existe uma incoerência entre matéria escura (atração de aglomerados de galáxias) e energia escura (afastamentos das galáxias).
Na verdade, quando observamos localmente, observamos a atração de galáxias próximas, é um tendência. Quando observamos de uma forma global, observamos o afastamento das galáxias.
Então matéria escura seria um fenômeno local e energia escura um fenômeno global.
De uma forma geral, o efeito de energia escura acaba ganhando, ou ganhará com o tempo.

sábado, 24 de julho de 2010

Energia Escura

O que é energia escura?

Para responder esta pergunta vejamos a constatação de Edwin Hubble no início do século XX:

Hubble observou que o comprimento de onda de algumas galáxias (as mais distantes) eram, de alguma forma, maior que o normal. Isto se deve ao efeito conhecido como Redshift, ou em português 'desvio para o vermelho'. Isto pois a radiação emitida por uma galáxia sofre a influência do efeito Doppler relativístico, como na animação produzida pela NASA:
As galáxias que se distanciam da Terra aparentam ser avermelhadas e as que se aproximam aparentam ser azuladas.

Quanto maior a distancia, maior o desvio para o vermelho na coloração da galáxia.

A conclusão, que Hubble não chegou, é que o Universo está em expansão. Isto é um fato. E mais do que isto, ele está acelerando, pois quanto maior a distância entre dois pontos maior o efeito.

Aceleração é consequência da ação de uma força resultante, pela segunda lei de Newton. Para haver uma força resultante deverá uma energia estar sendo empregada, mas qual tipo de energia?

Chamamos esta energia de energia escura, pois não conhecemos a sua procedência.

Ela precisa existir segundo as leis da física atual.
Mas a física evolui, se modifica.

Alguns cientistas já sugeriram alterações ad hoc em algumas leis, mas até agora não temos nenhuma comprovação ou aceitação destas alterações.

Lidar com estes problemas de astronomia é complicado, pois as experiências para a comprovação das leis são caras ou inviáveis.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Stellarium

Recomendo o programa Stellarium:


Gratuito e com um visual bem legal.

Uma boa maneira de explicar o céu noturno.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Por que o elétron não cai dentro do núcleo atômico?

Boa pergunta! Esta nem meus professores conseguiam responder na faculdade.

Para respondê-la vamos conhecer o átomo:

Existem várias teorias sobre o átomo, umas melhores que outras. O importante é sabermos que algumas tem limitações frente à outras. Observamos o átomo a seguir:
Um modelo clássico, de Rutherford. Os elétrons (negativos) circundam o núcleo (positivo), muito pequeno.

Estranho é que um modelo atômico como este desafia nosso senso aprendido no Ensino Médio, que cargas opostas atraem-se. E esta explicação Rutherford não conseguiu dar, apenas Niels Bohr, em suas órbitas estacionárias.

Voltando ao problema:
ele é muito mais complexo do que 'por que a Lua não cai na Terra?'.
Isto pois, um elétron é constituído de uma carga elétrica, e quando acelerado (em uma órbita circular) ele emitiria radiação eletromagnética, perdendo energia e colidindo no núcleo atômico. Diferente do que acontece com a Lua ao redor da Terra, que não possui uma carga elétrica, e sua velocidade estabiliza seu movimento orbital.

Antes de responder esta pergunta pesquisei pela internet e a resposta que mais encontrei foi exatamente a resposta que meus professores da faculdade davam ao problema:
A equação de Schrödinger prevê algumas órbitas em que o elétron não emite radiação eletromagnética.

Não posso aceitar esta resposta! É uma resposta matemática e não física.

A resposta vem da diferença da física clássica e da física quântica.
Na física clássica o elétron tem uma órbita e emite radiação (ou deveria).
Na física quântica, não existe um elétron, existe uma função de onda do elétron que rodeia o núcleo, e esta função de onda não emite radiação eletromagnética, sendo assim não cai em direção ao núcleo.

Acho que talvez você também não aceite esta resposta! Mas isso é porque você vive em um mundo clássico e não em um mundo quântico.

Open your mind!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Notícia: Detectada a maior estrela conhecida

Como apareceu no Jornal Nacional desta noite, resolvi postar aqui algo:
http://www.gforum.tv/board/1087/414012/detectada-maior-estrela-conhecida.html

Uma coisa importante é que esta é a maior estrela conhecida. Pois conhecemos apenas uma pequena parte das estrelas existentes no Universo, logo jamais poderíamos afirmar que este é a maior estrela do Universo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que é quântico?

Esta é uma boa pergunta.

Afinal, Estado Quântico é o nome deste blog e a palavra quântico aparecerá muito.

Então, gostaria de explicar 'o que é quântico?'

Segundo o dicionário on-line (www.dicionarioweb.com.br), quântico é relativo a quanta.
Verificando o que é quanta temos que é o plural de quantum.
Apenas olhando quantum é que descobrimos o tal do quântico:

quantum (quan-tum)

s. m.

(pal. lat.) Quantidade determinada, proporção de uma grandeza em uma divisão, um conjunto.

Física. Descontinuidade elementar de uma grandeza quantificada (esp. da energia). A teoria dos quanta ou teoria quântica, criada por Planck em 1900, afirma que a energia radiante tem como matéria uma estrutura descontínua; não pode existir senão sob a fôrma de grânulos, ou quanta, de valor hv, onde h é uma constante universal de valor 6,624 x 10-34 J.s, e v. a frequência da radiação. Esta teoria é a base de toda a física moderna.


Vejamos uma explicação mais livre para 'o que é quântico?'

Quando observamos a imagem do cervo, olhamos para o todo, o conjunto, o somatório, não estamos olhando para 'o que é quântico', olhamos para 'o que é clássico'. Aproximando mais da imagem, observamos os pixels, que são as 'falhas' na continuidade, então olhamos para 'o que é quântico'.

Quando olhamos os detalhes, vemos que a natureza não é contínua como imaginamos, mas sim quantizada. O "todo" é composto de um elemento menor, o tal do quantum, e apenas somando estes é que temos o todo.

Isto é quântico, fragmentos, e também é a diferença que temos entre a Física Clássica e a Física Quântica.

Existem fenômenos da natureza que não conseguimos explicar olhando para o todo, apenas olhando para os fragmentos, para os detalhes, é que conseguimos explicar tais fenômenos.


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Início

Começo este blog com uma frase que diz bem o espírito da ciência e também o deste blog:

Não leve essa aula muito a sério… apenas relaxe e desfrute dela. Vou contar para vocês como a natureza se comporta. Se você admitir simplesmente que ela tem esse comportamento, você a considerará encantadora e cativante. Não fique dizendo para você mesmo “Mas como ela pode ser assim?” porque nesse caso você entrará em um beco sem saída do qual ninguém escapou ainda. Ninguém sabe como a natureza pode ser assim.

_ Richard Feynman (1918 - 1988)